Prefeito Calmon some, reaparece em meio ao caos falando que a transformação tá chegando; gestor alega crise financeira cortando o PÃO da população mas mantém contratos milionários no orçamento
- Santos
- há 7 dias
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Depois de um sumiço digno de personagem de série investigativa, o prefeito Calmon resolveu dar o ar da graça em São Francisco do Conde na Região Metropolitana de Salvador, com um vídeo triunfante direto do Caípe de Cima, na terça-feira(6).
Enquanto a população se encontra desesperada pela suspensão do Pão há mais de 6 meses, alunos estavam sem aula em escolas e a cidade inteira tentava entender se ainda tinha prefeito, lá estava ele: sorridente, dizendo que “a transformação já chegou na localidade”.
Calmon talvez esteja falando da mágica que faz contratos milionários continuarem a todo vapor, mesmo enquanto alega uma crise financeira que é usada como desculpa para deixar a população sem assistência básica aos benéficos sociais como o PÃO.
Nas ruas as críticas são escutadas a todo momento. “É uma crise altamente seletiva: que atinge o povo, mas poupa os supersalários dos apadrinhados do primeiro escalão”, afirma o morador.
Enquanto o contrato do Lixo de Ouro segue faturando a todo vapor, estudantes ficam sem aula, há falta de funcionários na educação, estruturas em prédios públicos danificados e famílias sem apoio. A secretaria de Educação, Vanessa Dantas, tenta a todo tempo mostrar nas redes uma educação que não é realidade do município. Na Seduc só se escuta uma frase: “Quando Rose Costa estava aqui, era tudo diferente, como a gente trocou uma boa Gestora assim?”, disse uma funcionária.
O PÃO , que era um alívio para tantas casas, está suspenso. E a resposta da prefeitura? Um vídeo mostrando a transformação inexistente no município, gravado em um dos raros cantos da cidade com um cenário maquiado.
Na São Francisco do Conde de Calmon, a prioridade parece ser sempre a mesma: aparência. Porque, de concreto mesmo, só o abandono. O vídeo serviu para revoltar ainda mais a população. “A transformação já chegou”, diz ele, como se falasse de uma obra de ficção, enquanto a realidade da cidade grita fome, abandono e revolta.
Nas ruas o que se fala é: “Mas tudo bem, né? O prefeito já apareceu. Aparecer já é mais do que ele fez em anos. Só não esqueçam de avisar pra ele que, para transformar de verdade, é preciso trabalhar não apenas posar para a câmera”.
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