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MPF abre investigação sobre compra da Covaxin por valor acima do mercado

O Ministério Público Federal (MPF) identificou indícios de crime na compra feita pelo Ministério da Saúde de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin e vai investigar o caso também na esfera criminal — até então, o caso vinha sendo apurado em um inquérito na área cível.



A cúpula da CPI da Covid já listou uma série de suspeitas e padrões atípicos na compra da Covaxin.


A lista inclui comportamentos que foram adotados nessa negociação, mas criticados na avaliação de outras vacinas, como processo de aquisição do imunizante que foi o mais célere de todos, apesar dos alertas sobre “dúvidas” em relação à eficácia, à segurança e ao preço da Covaxin que foi o mais alto comparado com os outros imunizantes.



Outro padrão atípico foi o fato de, no caso das negociações com o Bharat Biotech, uma empresa privada como a Precisa Medicamentos ter atuado como intermediadora e, com isso, lucrado com a operação. Esse tipo de intermediação não ocorreu nos demais contratos.



O cronograma da CPI previa que Francisco Maximiano, dono da empresa Precisa Medicamentos, prestasse depoimento nesta quinta-feira (23). O compromisso foi adiado porque o empresário voltou de viagem e ainda cumpre quarentena sanitária.



Luís Ricardo Miranda, chefe de importação do Ministério da Saúde, revelou em depoimento ao Ministério Público que foi alvo de pressões para facilitar a compra da Covaxin. Os senadores esperam obter mais detalhes sobre essas pressões para embasar, agora, novos questionamentos a Maximiano.

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