Dor, Espera e Morte: Pacientes sofrem na fila da regulação da Bahia sem atendimento e previsão de transferência para hospitais especializados
- Santos
- 18 de ago.
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Enquanto a saúde deveria ser um direito garantido, na Bahia ela tem sido, para muitos, uma sentença de espera e, em casos trágicos, de morte. O sistema de regulação do estado, criado para organizar o acesso a leitos e procedimentos hospitalares, tornou-se um verdadeiro calvário para centenas de pacientes que aguardam por vagas em UTIs, cirurgias e exames essenciais. Diariamente recebemos pedidos de familiares desesperados que pedem ajuda solicitando regulação para hospitais especializados.
Casos como o de uma paciente de 38 anos, que morreu em UPA após ficar internada por 16 dias esperando por uma vaga, se repetem por todo o estado. Dentre centenas de casos, no interior do estado caso semelhantes são frequentes como o de uma mulher que morreu em Iuiu no sudoeste após passar 8 dias internada no Hospital Municipal.
Em Salvador, Feira de Santana, Camaçari e cidades do interior, familiares se desesperam enquanto veem entes queridos agonizando sem transferência. Profissionais de saúde denunciam que a lentidão do sistema tem causado sofrimento desnecessário e mortes evitáveis.
A regulação, que deveria ser ágil e humanizada, tem sido marcada por burocracia, escassez de leitos, falhas na comunicação e falta de estrutura. Em alguns casos, pacientes são mantidos em macas nos corredores de UPAs e hospitais, sem recursos adequados, à espera de um chamado que muitas vezes nunca vem.
A situação é ainda mais grave em regiões onde faltam hospitais de média e alta complexidade, tornando a regulação estadual a única porta de acesso a serviços mais avançados. Enquanto isso, o número de óbitos por espera cresce, assim como a revolta de familiares, processos contra o Governo do Estado e a exaustão dos profissionais da saúde.
A cobrança da população tem sido urgente que o Governo do Estado da Bahia tome providências efetivas para reestruturar o sistema, ampliar a oferta de leitos, e que ajude aos municípios a construirem hospitais de média e alta complexidade visando garantir que nenhum baiano morra à espera de um direito básico: o de ser atendido com dignidade e em tempo hábil.








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